segunda-feira, 7 de março de 2011

GRES Unidos da Tijuca

Esta noite levarei sua alma

Pesquisa e texto: Ronaldo Mendonça *
Logo: Olhar Folião

Quarta escola a desfilar na Marquês de Sapucaí na madrugada de segunda-feira, a campeã do Carnaval 2010 fala sobre o medo, refletido nos clássicos do cinema. É um enredo que, parecido com o do ano passado, é recheado de segredos e surpresas.
De acordo com a sinopse, que pode ser lida na página da Agremiação em http://unidosdatijuca.com.br/a-tijuca/carnavais/2011-esta-noite-levarei-sua-alma/sinopse, a tema faz com que o leitor/espectador reflita nos mais variados medos que se sente. De guerras, de enfrentamentos, do abominável, da imaginação, do exílio, da opressão.

Todos os medos são "personagens de um filme" em que não se pode decidir o final, complementa o texto, que se encerra dando margem à renovação, ao recomeço, a novas "histórias de lutas e glórias. De simplicidade e força. A história de um povo de coragem, que possui o surpreendente poder de se reinventar".


Acompanhe a ficha técnica e o samba-enredo da Unidos da Tijuca:

Presidente: Fernando Horta
Carnavalesco: Paulo Barros
Intérprete: Bruno Ribas
Mestre de bateria: Casagrande
Mestre-sala: Marquinhos
Porta-bandeira: Giovanna
Comissão de frente: Rodrigo Negri e Priscilla Mota
Rainha de bateria: Adriane Galisteu


Samba-Enredo: Esta noite levarei sua alma
Autores: Julio Alves e Totonho


Eu sou Tijuca, estou em cartaz
Sucesso na tela meu povo é quem faz
Sou do Borel, da gente guerreira
A pura cadência levanta poeira

Tá com medo de quê?
O filme já vai começar
Você foi convidado
Caronte no barco não pode esperar
Apague a luz, a guerra começou
Sob o capuz, delira o diretor
No filme que passa piada em cartaz
Pavor me abraça, isso não se faz
No espaço se vai, é a força que vem
Meu medo não teme ninguém

É o boom! Quem não viu? A casa caiu
Com a bomba na mão o vilão explodiu
O plano de fuga é jogo de cena
“Um Deus nos acuda”… Agita o cinema

Ele volta, revolta mistério no ar
Dos milharais uma estranha visão
Mais uma vez olha a encenação
Morrer de amar faz o povo gargalhar
Pare! Eu pego vocês, grita o mau condutor
Mas deu tudo errado, não há outro lado
Esse povo me enganou
Eu sou brasileiro, amor tijucano
Roteiro sem ponto final
Coitado o barqueiro entrou pelo cano
E brinca no meu carnaval

Eu sou Tijuca, estou em cartaz
Sucesso na tela meu povo é quem faz
Sou do Borel, da gente guerreira
A pura cadência levanta poeira



* Aluno da Universidade Candido Mendes - Campus Tijuca e colaborador do blog.

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